quarta-feira, 14 de maio de 2008

Não precisamos de açúcares ou farinhas para viver



De acordo com médico Alberto Peribanez Gonzalez, nós comemos doces e massas por dependência psicológica, bioquímica e fisiológica



Por Katia Deutner

Ninguém resiste a uma torta de morangos brilhando na vitrine da confeitaria. Parece que ela está ali, chamando você para comê-la. E a tentação geralmente é saciada com um bom pedaço (daqueles bem generosos). Mas a verdade é que a gente não precisa dela para viver.

Bom, pelo menos esta é a conclusão do médico-cirurgião Alberto Peribanez Gonzalez, especialista em alimentos nutracêuticos. Ele simplesmente indica a abolição dos açúcares e das farinhas no cardápio do dia-a-dia, que causam dependências. “A psicológica e bioquímica são metabólicas. As células, em especial as do cérebro, aprendem a utilizar exclusivamente os carboidratos que chegam em larga escala a partir da dieta doce de nossos dias.”

O especialista explica que a especialização em açucares originários da dieta conduz a um bloqueio da utilização de fontes protéicas e gordurosas para a produção de energia. “As vias metabólicas importantes no jejum, inicialmente ‘preguiçosas’, chegam a tornar-se abandonadas. Quem pratica regularmente o jejum?”

Na verdade, não precisamos deles, pois os açúcares e os amidos estão presentes em outra forma natural nas frutas, sementes e raízes cruas. E deixá-los de lado, passando a comer de forma mais saudável, você pode aumentar a sua longevidade e reduzir os efeitos do envelhecimento.

Nossa dieta, assim com está, sobrecarrega o pâncreas, aumentando seu tamanho natural. O órgão passa a produzir insulina e enzimas digestivas em excesso, na tentativa de reduzir o açúcar no sangue e digerir as densas gorduras, farinhas e acúcares usados na dieta.

“O resultado final do ataque diário é que o pâncreas humano é três ou quatro vezes maior em relação a outros órgãos do que em qualquer outra espécie animal. A isto se denomina hipertrofia, que nada tem de eficiente. O órgão ‘bombado’ pela sobrecarga de funções acaba evoluindo para a falência”, diz Gonzalez.


Foto: Photodisc/Getty Images

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