sábado, 25 de janeiro de 2014

Dieta alcalina: conheça a alimentação que equilibra a acidez do organismo


alimentos muito ácidos, como refrigerantes e frituras, ficam de fora

Foto: Getty Images
Por Jacyara Pianes


Quando, na escola, o professor de química ensinava a diferença entre substâncias ácidas e básicas (alcalinas), era difícil imaginar que aquela poderia ser também uma lição para a boa forma. No entanto, famosos como Victoria Beckham e Robbie Williams aprenderam com o comentado livro “Honestly Healthy”, de Natasha Corrett (meia-irmã de Sienna Miller). Eles se tornaram adeptos da dieta alcalina.

A fórmula ajuda a equilibrar a acidez do corpo e, claro, a perder alguns quilinhos com o consumo de alimentos básicos (que não são ácidos), como folhosas verde-escuras, temperos naturais e legumes.
Entenda mais sobre a dieta das estrelas:
                          
  • Benefícios da dieta

    Além de restabelecer o equilíbrio do corpo, a perda de peso é uma consequência. “Primeiro, porque a pessoa passa a não comer alimentos que engordam, pois são muito ácidos. E também com a melhor absorção de nutrientes, que muitas vezes são importantes para queimar gordura”, explica a nutricionista Helouse Odebrecht. “Essa dieta ainda trabalha muito com fibras, e a digestão delas gasta energia. Já tive casos de mulheres que perderam de três a cinco quilos em 15 dias, só de corrigir a alimentação”.

    A dieta também pode ajudar na prevenção de alguns males. “Os principais alimentos indicados são fitoquímicos e antioxidantes. O consumo diminui o risco de certos tipos de cânceres e combatem o envelhecimento precoce. Mas é prevenção, não tratamento”, alerta José Aroldo Filho, nutricionista e diretor da
    Nutmed.
  • 2
    Alimente-se na medida

    Para entender a dieta, é bom relembrar que é por meio do pH (potencial de Hidrogênio) que uma substância é classificada como ácida ou alcalina. O pH 7 é neutro. Quanto mais acima disso, mais alcalino; e quanto mais abaixo, mais ácido. Como o potencial de hidrogênio natural do nosso organismo é levemente alcalino, em torno de 7,35, esse é o ideal a se alcançar – porque “o organismo faz melhor as trocas de nutrientes e de oxigênio com a corrente sanguínea e libera toxinas de forma mais eficiente”. É o que explica Helouse.

    Para este equilíbrio, a alimentação é importante: o ideal é que 70% do prato, nas refeições, sejam de alimentos alcalinos e 30% de levemente ácidos
    . José Aroldo observa que a dieta alcalina é uma forma de desintoxicação orgânica e orienta acompanhamento profissional, pois ela pode prejudicar a absorção de medicamentos, por exemplo. "A dieta alcalina seria essencialmente vegetariana. Mas a gente trabalha com carne branca, levemente ácida, enquanto fonte proteica", completa ele.
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    Fuja dos alimentos ácidos

    O maior problema é que os alimentos ácidos estão à espreita. Segundo a nutricionista Helouse, eles costumam aparecer em uma dieta desregrada. “Principalmente os produtos industrializados têm carga grande de processos químicos e se comportam como ácidos. O consumo exagerado de carne vermelha, sal, bebida alcoólica, café e açúcar - grande vilão da maioria das dietas -, também reduz o pH (promovendo acidez)”. Frituras também estão nesta lista.

    José Aroldo aponta que itens levemente ácidos, como carnes brancas, arroz integral e ovos, podem ser combinados aos básicos na alimentação. Legumes e folhosas verde-escuras, como couve, couve-de-bruxelas, couve-flor, espinafre, brócolis, repolho, alho, cebola e agrião, fazem parte da “alimentação desintoxicante”.
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    Água com gotas de limão

    Em muitos cardápios da dieta alcalina você verá a famosa água com gotas de limão. Mas não se assuste: ao contrário do que parece, o limão se torna básico no organismo. “O gosto não tem a ver com a acidez do alimento. O limão, por exemplo, é maravilhoso para reduzir o pH sanguíneo, mas é ácido. Tomar água com gotas de limão e começar o dia com pH mais alcalino já prepara o corpo pra aproveitar bem os nutrientes que for comer durante o dia” diz a nutricionista.
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    Faça exercícios

    A atividade física complementa os benefícios da dieta. “Fazer exercícios permite um funcionamento diferente do corpo, que libera mais enzimas, hormônios e o sangue consome os nutrientes adequados. Tudo é uma questão de equilíbrio. Aumentar a circulação sanguínea intensifica a absorção de nutrientes”, comenta Helouse.

    Além disso, atividades ao ar livre podem ser ótimas para relaxar, o que também ajuda seu corpo. “Má alimentação e estresse tendem a deixar o pH mais ácido e promover ganho de peso. A acidez orgânica pode alterar o  metabolismo, tornando-o mais lento”, explica José Aroldo.

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