sábado, 21 de abril de 2012


Azeitonas: o alimento com múltiplos benefícios


As propriedades medicinais da azeitona são conhecidas desde a antiguidade. Ao longo dos anos ela foi considerada  símbolo de paz, glória, sabedoria, fertilidade e pureza. Não é para menos, os benefícios para a saúde são inúmeros.
A azeitona é rica em ferro, vitamina E, vitamina A,  cobre e fibras. Um antioxidante poderoso cujos benefícios incluem:
- pele saudável: graças ao ácido oléico
- prevenção de doenças cardiovasculares
- proteção hepática
- prevenção de demência e Alzheimer
Adicione algumas azeitonas ao seu prato e sinta na pele a diferença!

http://vidaintegralporadrianapessoa.com/2012/02/23/azeitonas-o-alimento-com-multiplos-beneficios/ 

domingo, 15 de abril de 2012


Jejum pode ajudar a proteger cérebro, diz estudo

Pesquisa afirma que comer praticamente nada por um ou dois dias por semana pode proteger contra doenças degenerativas como Mal de Alzheimer e Parkinson


Jejuar um ou dois dias por semana pode proteger o cérebro contra doenças degenerativas como mal de Parkinson ou de Alzheimer, segundo um estudo realizado pelo National Institute on Ageing (NIA), em Baltimore, nos Estados Unidos.
Segundo estudo, consumo diário de comida deveria ser equivalente a alguns legumes e chá - Felipe Rau/AE
Felipe Rau/AE
Segundo estudo, consumo diário de comida deveria ser equivalente a alguns legumes e chá
"Reduzir o consumo de calorias poderia ajudar o cérebro, mas fazer isso simplesmente diminuindo o consumo de alimentos pode não ser a melhor maneira de ativar esta proteção. É provavelmente melhor alternar períodos de jejum, em que você ingere praticamente nada, com períodos em que você come o quanto quiser", disse Mark Mattson, líder do laboratório de neurociências do Instituto, durante o encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Vancouver.
Segundo ele, seria suficiente reduzir o consumo diário para 500 calorias, o equivalente a alguns legumes e chá, duas vezes por semana, para sentir os benefícios.
O National Institute of Ageing baseou suas conclusões em um estudo com ratos de laboratório, no qual alguns animais receberam um mínimo de calorias em dias alternados.
Estes ratos viveram duas vezes mais que os animais que se alimentaram normalmente.
Insulina

Mattson afirma que os ratos que comiam em dias alternados ficaram mais sensíveis à insulina - o hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue - e precisavam produzir uma quantidade menor da substância.
Altos níveis de insulina são normalmente associados a uma diminuição da função cerebral e a um maior risco de diabetes.
Além disso, segundo o cientista, o jejum teria feito com que os animais apresentassem um maior desenvolvimento de novas células cerebrais e se mostrassem mais resistentes ao stress, além de ter protegido os ratos dos equivalentes a doenças como mal de Parkinson e Alzheimer.
Segundo Mattson, a teoria também teria sido comprovada por estudos com humanos que praticam o jejum, mostrando inclusive benefícios contra a asma.
"A restrição energética na dieta aumenta o tempo de vida e protege o cérebro e o sistema cardiovascular contra doenças relacionadas à idade", disse Mattson.
A equipe de pesquisadores pretende agora estudar o impacto do jejum no cérebro usando ressonância magnética e outras técnicas.

quarta-feira, 11 de abril de 2012


Prevenção e Tratamento da Anemia 

O tratamento para anemia depende do seu tipo, causa e gravidade. Tratamentos para anemia podem incluir mudanças na dieta, suplementos alimentares, remédios ou procedimentos médicos.

Objetivo do tratamento para anemia

O objetivo do tratamento para anemia é elevar a quantidade de oxigênio que o sangue pode transportar. Isso é feito ao elevar a contagem de células vermelhas e/ou nível de hemoglobina. Outro objetivo é tratar alguma condição médica que esteja causando anemia.

Tratamento da anemia com mudanças na dieta e suplementos alimentares

Baixos níveis de vitaminas ou ferro no corpo podem causar alguns tipos de anemia. Esses níveis baixos podem ser devido à dieta pobre ou certas doenças e condições médicas. Para elevar os níveis de vitaminas ou ferro, o médico pode pedir mudanças na dieta ou suplementos alimentares de ferro ou vitaminas. Suplementos vitamínicos mais comuns para anemia são de vitamina B12 e ácido fólico. Algumas vezes é dado suplemento de vitamina C para ajudar na absorção do ferro.

Anemia e ferro
O corpo precisa de ferro para fabricar hemoglobina. O organismo pode absorver mais facilmente o ferro de carnes do que de vegetais e outros alimentos. Para tratar anemia, o médico pode sugerir comer mais carne, especialmente carne vermelha, assim como frango, peru, porco, peixe e mariscos. Excluindo as carnes, outros alimentos que são boas fontes de ferro incluem espinafre, amendoim, ovo, lentilha, feijão e frutas secas. O ferro também pode ser obtido em suplemento alimentar, geralmente combinado com multivitamínicos e outros minerais que ajudam na sua absorção.

Vitamina B12 e anemia

Baixos níveis de vitamina B12 podem ocasionar anemia perniciosa, a qual é freqüentemente tratada com suplementos dessa vitamina. Boas fontes de vitamina b12 incluem:
* Cereais matinais com adição de vitamina B12.
* Carnes como bife, fígado, frango, peixe e mariscos.
* Ovo e laticínios.

Ácido fólico e anemia

O ácido fólico (folato) é uma forma de vitamina B encontrada em alimentos. O corpo precisa de ácido fólico para fabricar e manter células novas. O ácido fólico é muito importante para mulheres grávidas, pois as ajuda a evitar anemia e a promover o crescimento saudável do feto. Boas fontes de ácido fólico incluem:
* Pão, massas e arroz com adição de ácido fólico.
* Espinafre.
* Ervilha.
* Ovo.
* Banana, laranja e outras frutas.

Vitamina C e anemia

A vitamina C ajuda o corpo a absorver ferro. Boas fontes de vitamina C são frutas e vegetais, especialmente frutas cítricas. Outras frutas ricas em vitamina C são manga, kiwi, morango, melão e melancia. Vegetais ricos em vitamina C incluem brócolis, tomate, repolho, batata e espinafre.


Tratamento da anemia com remédios

O médico pode prescrever remédios para elevar a quantidade de células vermelhas que o corpo fabrica ou para tratar uma condição médica que esteja causando anemia.

Procedimentos médicos para tratamento da anemia

Se a anemia for grave, pode ser necessário procedimento médico para seu tratamento. Entre os procedimentos médicos estão transfusão de sangue e transplante de células tronco.

Cirurgia para tratamento da anemia

Se o paciente tiver um sangramento causando anemia que ameace sua vida, pode ser necessária cirurgia.

Prevenção da anemia

É possível a prevenção de alguns tipos de anemia, especialmente aqueles causados pela falta de ferro ou vitaminas. Mudanças na dieta ou suplementos alimentares podem prevenir certos tipos de anemia. Tratar uma condição médica que possa causar anemia também é uma forma de preveni-la.

http://www.copacabanarunners.net/anemia-tratamento.html

terça-feira, 10 de abril de 2012

Nutrição na Terceira Idade (Dr.ª Jacqueline Dias - Nutricionista)

O envelhecimento inicia-se quando cessa o crescimento e o desenvolvimento.

Os 65 anos dão entrada na 3ª idade, se envelhece quando as estruturas orgânicas e a sua actividade entram em perda e os ritmos de construção estrutural e de funcionamento biológico não superam os ritmos de destruição e de debilidade funcional.

Nutrição na Terceira Idade

Os factores de envelhecimento são: genéticos, ambientais (nutricionais) e de estilo de vida. Os objectivos da intervenção nutricional são: prolongar a vida e impedir doenças causadas por erros alimentares e por má nutrição.
Num estudo realizado recentemente a dimensão do problema de má nutrição nos idosos poderá passar por um factor limitante, um exemplo é a hospitalização: em que 25% dos indivíduos com mais de 65 anos são mal nutridos; 40% dos idosos assistidos em casa que requerem cuidados médicos ou de enfermaria sofrem de má nutrição e 50% dos idosos hospitalizados sofrem de má nutrição.
Em relação ao peso, o que se verifica nos idosos do sexo feminino é um aumento até aos 50 anos, estabilização aos 50/60 até aos 70 anos e diminuição a partir dos 70 anos e no sexo masculino um aumento de peso até aos 40 anos, estabilização dos 40/50 até 70 anos e uma diminuição a partir dos 70 anos.
Em relação a estatura há uma diminuição de 3 cm, devido a alteração dos discos intervertebrais, da postura e da densidade dos ossos (osteoporose).
Alterações fisiológicas que interferem com a nutrição
A. Por dificultarem a digestão:
Alteração da percepção dos sabores: diminuição do gosto e olfacto e próteses dentárias;
Deglutição difícil: diminuição do débito salivar e xerostomia (boca seca);
Mastigação dificultada: perda dos dentes e próteses.
B. Por diminuição da absorção:
Diminuição da mobilidade intestinal;
Renovação lenta das células da mucosa do intestino delgado;
Diminuição da produção de lípase, amílase e pepsina;
Hipocloridria (diminuição da quantidade de ácido clorídrico) e acloridria (ausência total de ácido clorídrico).
As causas de má nutrição são:
Pobreza
Ignorância
Imobilidade
Má dentição
Ingestão lenta
Isolamento (leva à monotonia e a repetição de determinadas refeições)
Solidão
Viuvez
Depressão
Anorexia
Alcoolismo
Trémulo
Medicações
Doenças crónicas associadas
As necessidades energéticas diminuem porque há menos exercício físico, diminuição do metabolismo basal (corresponde a quantidade de energia que permite a um indivíduo assumir os consumos vitais, não passíveis de interrupção, se pretender assegurar a continuidade da vida) e diminuição da termogénese alimentar (é um facto que a produção de calor aumenta depois de uma refeição, quer esta se realize de forma oral ou parenteral), ocasionando assim obesidade e má nutrição com necessidades inferiores a 1500 Kcal, esse aporte diário em energia pode não prover os micronutrientes necessários provocando assim o uso indiscriminado de suplementos vitamínicos e minerais.
Há uma diminuição do metabolismo basal, portanto é de ponderar e analisar as seguintes consequências desse decréscimo, porque há diminuição da massa muscular: 450g/Kg (20-30anos); 300g/Kg (70 e mais anos), ou seja, menos 6,3 % por década; diminuição da actividade física e consequentemente o aumento da massa gorda e sua distribuição.
Necessidades nutricionais em proteínas não diminuem e aumentam com a doença e o stress, em relação aos lípidos deve-se ter em conta o aspecto qualitativo e quantitativo,ou seja, diminuição da gordura saturada, principalmente os ácidos láurico, mirístico, palmítico (mais agressivo) e o esteárico, diminuição da ingestão de colesterol, aumentar a ingestão de poli e monoinsaturados e diminuir a participação global das gorduras na dieta.
No que diz respeito aos hidratos de carbono (vulgarmente conhecidos como açúcares), quando há diabetes manifesta deve-se reduzir moderadamente os hidratos de carbono. Em idade avançada a tolerância à glicose diminui e a tolerância normal aumenta. Podemos considerar diabetes quando os valores glicémicos em jejum estão a 126 mg ou mais após três medições sucessivas.
Relativamente as necessidades hídricas (serão de 1 ml/Kcal/dia ou 30mI/Kg/dia), a sensação de sede diminui e a capacidade de concentração urinária também, bem como, a resposta da hormona vasopressina à desidratação.
Em relação a vitamina A, as necessidades diminuem, devido a boa capacidade para armazenar, aumento da eficiência para absorver e a sua remoção plasmática é mais lenta (turnover baixo), porém, consequentemente poderá provocar uma hipervitaminose por vitamina A. Relativamente a vitamina D, há uma diminuição dos níveis plasmáticos devido incapacidade da pele para síntese e absorção desta vitamina, diminuição da exposição solar, intolerância à lactose e absorção deficiente de lípidos. A absorção da vitamina D é optimizada com uma exposição ao sol de 10 minutos duas vezes por semana a 30 minutos por dia, pois, esta vitamina está associada a absorção pelo organismo de cálcio.
O álcool neste grupo etário deve ser diminuído ou eliminado, devido ao perigo de dependência nesta idade e a dificuldade na sua metabolização, porque o peso do fígado entre os 20-70 anos é igual a 25g/kg e aos 70 anos e mais é de 20g/Kg, ou seja, com a diminuição do peso do fígado há uma menor capacidade para a metabolização do mesmo.
Consequentemente, os problemas de saúde mais comuns em idosos, relacionados com uma alimentação mal programada e estruturada são:
Obesidade com atrofia da massa magra;
Arteriosclerose;
Diabetes;
Hipertensão arterial e vasculopatia;
Doenças do coração;
Doenças osteoarticulares (mais frequentes em mulheres, como por exemplo a osteoporose);
Insuficiência digestiva
Obstipação;
Litíase biliar (“pedras” na vesícula);
Magreza e desnutrição.
As características da alimentação que gera doença e que acelera o envelhecimento e encurta a vida são:
Alimentação caloricamente excedentária
Obesidade com insulino-resistência
Alimentação tóxica, pró-oxidante e sem protectores
Bebidas alcoólicas com quantidades médias e elevadas
Alimentação monótona, com deficiências nutricionais ocultas e prolongadas ( sejam caloricamente excessivas, deficitárias ou justas)
Subnutrição desnutrição proteico-calórica
Défice proteico prolongado.
A maioria dos idosos das sociedades ocidentalizadas ingere cerca de 2 a 5 medicamentos por dia e suportam com 2.5 vezes mais efeitos secundários do que na meia-idade, pois o passo inicial desintoxicante para maior parte dos medicamentos segue a via do citocromo P-450 hepático cuja a capacidade declina com os anos e a conjugação de moléculas heterólogas, como por exemplo:
o Álcool em excesso
o Gorduras alteradas, inquinantes
o Xenobióticos
o Carência em amido e substâncias protectoras ( antioxidantes…)
o Uso pesado de biguanidas, antibióticos, anti-ácidos, laxantes, cimetidina, anti-inflamatórios não esteróides, etc.
A alimentação conforme o padrão de alimentação saudável propicia saúde e alonga esperança de vida, bem como o exercício físico regular moderado ou leve e composição corporal normal.
Alguns problemas biológicos nos idosos:
Há uma modificação da composição corporal, com uma redução progressiva da massa muscular (sarcopenia) e com forte correlação com o declínio de: sensibilidade à insulina, metabolismo basal e necessidades energéticas, força muscular, mobilidade e autonomia, função respiratória e forte correlação com inabilidade física e risco de queda;
Redução progressiva da matriz proteica óssea e da mineralização
Perda de peso ou sobrecarga ( obesidade – a prevalência cresce nas sociedades ocidentalizadas com a redução da relação massa magra/ massa gorda.
Exercício físico, ajuste alimentar ou ambos?
o Boa ração proteica, superior às RDA ( com 1.2g/Kg/dia) beneficia a formação e manutenção da massa e força musculares; sobrecarga pode ser lesiva.
o Permitir a obesidade é mau. Baixar calorias para níveis requeridos por sedentários pode acarretar défices nutricionais;
o Aos 65 anos com actividade atlética, composição corporal semelhante aos 35 anos
o Após os 80 anos, um modesto treino de resistência diário, ao fim de 2 meses pode duplicar a capacidade muscular; e ao fim de 4, aumentar 50% , ou mais, da massa muscular, inclusive em emagrecidos e debilitados, desde que adequadamente realimentados ( Fiatarone 1994);
o Sarcopenia , alimentação deficiente em energia e proteínas, e declínio da mobilidade correlacionam-se fortemente com demência tipo Alzheimer ( R Dvorak 1998).
o Em todos os casos de sarcopenia e disfunção cognitiva a primeira exigência é uma intervenção nutricional adequada e mobilizar.
A deterioração neurocognitiva:
Instala-se com o avançar dos anos, mais cedo ou mais tarde, desde defeitos amnésicos ligeiros até demência vascular ou do tipo Alzheimer ( nas sociedades ocidentais, 10 a 15% dos idosos com deterioração neurocognitiva de média gravidade tendem a desenvolver doença de Alzheimer);
Concorda-se com a intensidade e conjugação dos seguintes défices nutricionais e alimentares:
Tiamina (Vitamina B1): ansiedade, défice mental, neuropatia periférica, beribéri, síndroma Wernicke-Korsakoff ( lesão do beribéri no sistema nervoso central);
Niacina (Vitamina PP): demência, pelagra
Ácido pantoténico ( Vitamina B5): degenerescência mielínica
Hiper- Homocisteinemia: a homocisteína também é neurotóxica, limita a capacidade metil-receptora da mielina, de neurotransmissores e de fosfolípidos membranas. Em populações ocidentais, 0.5 a 5 mg de ácido fólico e mais 0.5 mg de vitamina B12 / dia pode reduzir até 35% aos níveis de homocisteína ( Meta-análise BMJ 1998)
o Vitamina B6: neuropatia periférica; convulsões
o Folatos: irritabilidade, depressão
o Vitamina B12: neuropatia periférica e demência
o Vitamina E: degenerescência espino cerebelar, axionopatia
o Ácido ascórbico: défice amnésico
Idosos aparentemente saudáveis com défices ligeiros de uma ou mais destas vitaminas comportam-se pior em testes de memória e pensamento abstracto.
Em certas linhagens, número e funções de receptores cerebrais para a colecistocinina, endorfinas opióides e serotonina declinam com a idade em conjugação com a perda do olfacto e paladar que poderão influenciar comportamentos.
Com a diabetes mellitus tipo 2 e hipoglicemia temporária relativa, pois a glicose é percursora da acetilcolina e de outros neurotransmissores.
O declínio neurocognitivo correlaciona-se com a baixa ingestão de ácido linoleico (baixo consumo regular de peixe).
O défice prolongado e oculto de antioxidantes pode levar as alterações neurocognitivas dos idosos; muitas razões teóricas para o admitir, fraca evidência do efeito de suplementação isolada experimental e grande evidência do efeito protector da alimentação saudável.
Catarata e degenerescência macular:
o Devido ao défice combinado de vitamina C, carotenos, Vitamina E e ácidos gordos ómega 3;
o Estudos randomizados entre fast-food e alimentação saudável estabelecem relações consistentes: alimentação rica em alimentos hortofrutícolas e escassa quer de gorduras “saturadas” quer de processados é um objectivo útil ( S. Henry et al, 1999).
o Alimentos enriquecidos com zeaxantina e luteína (carotenóides antioxidantes);
Imunodeficiência :
o Concorda-se com défice combinado e ainda que ligeiro de B6, B12, folato e C; A e E ; D3 ( importantíssima); Fe Zn, Se e Cu; e com défice de amino ácidos essenciais, amido e com os jejuns prolongados.
o As RDA americanas e menos as inglesas são insuficientes para modelar adequadamente as respostas imunes nos idosos.
o Com a idade:
§ Inibição das funções dos linfócitos T
§ Redução da produção e actividade de anticorpos
§ Má discriminação entre hetero e auto-respostas
§ Grande heterogeneidade de resposta.
o Osteoporose e osteomalacia: quando complexo multifactorial e não apenas nutricional
Perigosas conjunturas em idosos:
o Défice de magnésio
§ Debilidade muscular, sobressaltos, irritabilidade, fragilidade óssea
§ Níveis elevados de citoquinas e neuropéptidos pró-oxidativos, efeitos pró-inflamatórios, mais AVC, necrose miocárdica,liproproteínas oxidadas, HTA mais elevada, menos ATP.
§ Os idosos Consomem cacau, sementes, leguminosas, caril, pão completo, vegetais verdes, infusões apresentam níveis elevados ou normais de magnésio;
§ Os idoso com diurese osmótica, diuréticos, hiperaldosteronismo secundário, abuso de bebidas alcoólicas de sal, avitaminose D, diabetes mellitus, dieta selvagem, alimentos pobres níveis baixos de magnésio.
o Sódio a mais: HTA e suas complicações, interage com défices de Ca, K e Mg, água potável, exercício regular e excesso de peso.
o Défice de cálcio: dose recomendada ao idoso 1500 mg/dia e 600 a 800 U/dia ( = 15 a 20 mg) de D3. faz aumentar a absorção:
o Fraccionamento da ração pelo dia;
o Refeições pequenas;
o Digerir e absorver bem as gorduras;
o Não consumir farelos. Magnésio e oxalatos em simultâneo;
o Preferir fornecedores com boa disponiblização
o O que aumenta a excreção urinária ( ração elevada de proteínas e sal).
o Défice de vitamina B6
o Défice imunitário, neuropatia periférica, convulsões, dermite descamativa, hiperceratose
o A ingestão durante anos de anticoncepcionais, estrogéneos e isoniazida, comida de cafeteira diminui os níveis dessa vitamina;
o A ingestão de cereais completos,fígado, carne magra, fruta, hortaliça aumentam os níveis.
o Alimentação pobre em antioxidantes naturais relacionam-se com stress oxidativo .
o Acúmulo de ferro e ferritina: quando aumentam coma idade acresce o risco de DCI.
o Défice de vitamina D
o Debilidade muscular, absorção prejudicada de Ca e Mg, mineralização deficiente e perda de massa óssea, imunodeficiência, asma , HTA….
o Os que apanham sol, comem enguias, cavala, sardinha, atum, gema de ovo aumentam os níveis;
o Os que tomam anti-epilépticos apresentam diminuídas as capacidades cutâneas , hepática e renal para formar 7-deidrocolesterol e levá-lo até 1.25 deidrocolecalciferol.
Cuidados nutricionais para se envelhecer com êxito:
o Calorias ajustadas à variação do metabolismo e ao exigido pelo exercício
o Ração proteica superior às RDA: perto de 1.2 g/Kg/dia -atender à função renal, com o envelhecimento as necessidades proteicas aumentam, apear do declínio da massa muscular, do anabolismo proteico e da actividade física;
o Cálcio perto de 1.5 g/dia; atender a imobilidade e insolação;
o Nutrientes reguladores em doses superior às RDA : ter em atenção a acloridria, defice do factor intrínseco, polimedicação, doenças, etc;
o Ração normal -alta de fibras: ter em atenção a tolerância e a culinária , aos modos de confecção;
o Lípidos limitados a 25% das calorias, preferir os Polinsaturados e monoinsaturados;
o Culinária de óptima qualidade gastronómica e que disponibilize nutrientes, reduzir o sal e preferir porções modestas de especiarias e ervas aromáticas;
o Consumir alimentos amiláceos com um baixo índice glicémico em todas as refeições preferindo-os a fornecedores de outros tipos de glícidos.
Nutrientes essenciais para a terceira idade:
SELÉNIO - Estudos recentes publicados no Journal of the American Medical Association (JAMA), revelam que 200 µg de selénio por dia podem contribuir para reduzir o risco do cancro da próstata em 69%, do cólon em 64% e do pulmão em 39%. É essencial ao desenvolvimento de vários tecidos humanos, actuando também em conjunto com a vitamina E.
MAGNÉSIO - O magnésio desempenha um importante papel no bom funcionamento e saúde do sistema nervoso e dos músculos.
ZINCO: O zinco é necessário para a reparação dos tecidos e a cura das feridas pode ser retardada na presença de deficiência manifesta de zinco. A diminuição da acuidade do gosto, em indivíduos idosos anoréxicos, também já foi associada à deficiência de zinco (Goode et al. 1991).
ÁCIDO FÓLICO – O ácido fólico, para além de exercer os seus efeitos vitamínicos, nomeadamente na hematopoiese, baixa de forma significativa os níveis plasmáticos de homocisteína, um reconhecido factor de risco cardiovascular. A presença de vitamina B6 reforça esta acção. Por outro lado, um estudo recente publicado no British Medical Journal (BMJ) de Junho de 2002 revelou que níveis mais elevados de ácido fólico podem reduzir o risco de doença de Alzheimer. O estudo levanta a hipótese de evitar a demência através do consumo de mais ácido fólico e vitaminas B6 e B12, o que poderá baixar os níveis de homocisteína.
LUTEÍNA - antioxidante endógeno específico da retina, o princípio activo por excelência para a prevenção da Degenerescência Macular da Idade (DMI). A luteína/zeaxantina são carotenóides da família das xantofilas e, ao contrário dos carotenos, as xantofilas não têm actividade pró-vitamínica A. A zeaxantina é um estereoisómero da luteína presente na dieta humana em quantidades muito inferiores à luteína, além do que, a mácula consegue obter zeaxantina a partir da luteína.
O Journal of the American Medical Association (JAMA) revela que o consumo regular de luteína pode reduzir em 48% o risco de desenvolvimento da DMI. Por outro lado, um estudo realizado pelo National Institute of Health, nos EUA, demonstrou que a população que ingere diariamente 4 a 5 refeições ricas em luteína e zeaxantina experimentou uma diminuição de 43% do risco de desenvolvimento de DMI. A luteína encontra-se, principalmente, em legumes de folha verde e frutos. Não há nenhuma recomendação oficial sobre a quantidade diária de luteína a ingerir, mas especialistas recomendam cerca de 6 mg por dia.
Vitaminas e sais minerais que podem ser declarados e respectiva dose diária recomendada (DDR)
Vitamina A (µg)
800
Vitamina D (µg)
5
Vitamina E (mg)
10
Vitamina C (mg)
60
Tiamina (mg)
1,4
Riboflavina (mg)
1,6
Niacina (mg)
18
Vitamina B6 (mg)
2
Ácido fólico (µg)
200
Vitamina B12 (ug)
1
Biotina (mg)
0,15
Ácido pantoténico (mg)
6
Cálcio (mg)
800
Fósforo (mg)
800
Ferro (mg)
14
Magnésio (mg)
300
Zinco (mg)
15
lodo (µg)
150
De um modo geral, a quantidade a tomar em consideração para decidir o que constitui uma quantidade significativa corresponde a 15 % da dose diária recomendada.
BIBLIOGRAFIA:
o Visvanathan R, Newbury JW, Chapman I.Malnutrition in older people–screening and management strategies.Aust Fam Physician. 2004 Oct;33(10):799-805. Review.
o Langer G, Schloemer G, Knerr A, Kuss O, Behrens J. Nutritional interventions for preventing and treating pressure ulcers.
Cochrane Database Syst Rev. 2003;(4):CD003216. Review.
o Boushey CJ, Beresford SAA, Omenn GS, et al. A quantitative assessment of plasma homocysteine as a risk factor for vascular disease: probable benefits of increasing folic acid intakes. JAMA 1995;274:1049-57
o Lawrence JM, Petitti DB, Watkins M, Umekubo MA. Trends in serum folate after food fortification. Lancet 1999;354:915-6
o Lindenbaum J, Rosenberg I, Wilson P, Stabler SP, Allen RH. Prevalence of cobalamin deficiency in the Framingham elderly population. Am J Clin Nutr 1994;60:2-11Johnson MA, Hawthorne NA, BrackettWR, Fischer JG, Gunter EW, Allen RH, Stabler SP. Hyperhomocysteinemia and vitamin B-12 deficiency in elderly using Title IIIc nutrition services.
Am J Clin Nutr. 2003 Jan;77(1):211-20.
o Van Leeuwen R, BoeKhoorn S, Vingerling JR, Witteman JC, Klaver CC, Hofman A, de Jong PT. Dietary intake of antioxidants and risk of age-related macular degeneration.JAMA. 2005 Dec 28;294(24):3101-7.


Nutrição na Terceira Idade | Nutricionista | Dr.ª Jacqueline Dias ...

nutricionista.com.pt/artigos/nutricao-na-terceira-idade.jhtml

quarta-feira, 4 de abril de 2012


Caqui, um aliado da saúde

Fruta impede acúmulo de radicais livres no organismo e previne doenças e envelhecimento precoce
Por: Juliana Marques
Publicado em 06/01/2009 | Atualizado em 16/10/2009
Pesquisa da Universidade de Brasília comprovou que o caqui (Diospyros kaki)tem alto teor de substâncias que combatem os radicais livres (foto: WikimediaCommons).
O caqui é o mais novo aliado dos médicos na luta contra o acúmulo de radicais livres no organismo, que contribuem para o envelhecimento celular precoce e o surgimento de doenças neurodegenerativas, como o mal de Alzheimer, além de diabetes e câncer. Estudo feito na Universidade de Brasília (UnB) comprovou que o caqui (Diospyros kaki) do tipo rama forte tem ação antioxidante, ou seja, reduz ou previne a oxidação, impedindo que radicais livres danifiquem células e tecidos do corpo.

Os efeitos do extrato da polpa de caqui foram comprovados em testes in vitrorealizados pela nutricionista Luana Taquette Dalvi, do Departamento de Nutrição da UnB. A pesquisadora destaca que a fruta é rica em carotenoides como o betacaroteno (substância também presente em cenouras e abóboras), além de ser fonte de vitamina C. A presença desses compostos, entre outros, explicaria a ação antioxidante do caqui.

Para observar a ação do caqui sobre os radicais livres no organismo, a nutricionista realizou testes com células de fígado de rato adicionadas a um sistema que estimula a produção do radical hidroxil (composto por oxigênio e hidrogênio). “Esse radical reage rapidamente com as diversas moléculas do organismo, como proteínas, lipídios, carboidrato e o DNA”, ressalta Dalvi. O efeito do extrato de caqui foi muito positivo: inibiu em até 90% o dano oxidativo causado pelos radicais livres.

Mas a nutricionista alerta que o consumo de caqui deve ser controlado, pois a fruta tem alta concentração de açúcar e frutose, que representam até 60% de seu peso. “O ideal é ingerir grande variedade de frutas e, se possível, consumir um caqui por dia”, recomenda. Apesar de ter origem oriental, o caqui é cultivado em todo o Brasil.

Antioxidante campeão 
Segundo Dalvi, o caqui pode ser considerado um alimento com alto teor de substâncias que combatem os radicais livres. Mas ainda serão necessários outros estudos para classificar a fruta como alimento funcional, que, além de fornecer energia para o organismo, previne contra doenças. 

Atualmente a lista de alimentos funcionais inclui inúmeras frutas e legumes, como ameixa, morango, manga, uva, beterraba e pimentão, além da soja e do chá verde. Dalvi destaca a presença de compostos fenólicos (denominados polifenóis) no mecanismo responsável pela ação protetora desses alimentos. Quando consumidos, esses compostos ativam no organismo efeitos anticancerígenos, anti-inflamatórios e antioxidantes.

Para prevenir doenças, a nutricionista aconselha também o consumo de alimentos ricos em carotenoides e vitaminas A, C e E. “Além de uma alimentação equilibrada, é importante evitar hábitos que provoquem aumento de radicais livres no organismo,como fumo, exposição excessiva a radiação ultravioleta (UV) e uso de drogas”,completa.


Juliana Marques 

Ciência Hoje On-line
06/01/2009